Estamos no século XXI. Grande parte da humanidade se tornou escrava da tecnologia. Pior do que isso: tornou-se desumana, insensível, desinteressada. Você incluído. Duvida desta afirmação? Veja então se está incluído ou não nestes sinais de que a tecnologia nos está a tornar mais desumanos, bem diferentes das gerações anteriores.
Memória
Houve um tempo em que fazíamos contas de dividir e sabíamos os rios e as serras de Portugal de cabeça. Hoje não precisamos de nada disto, pois a tecnologia faz tudo por nós. O senhor Google diz-nos tudo o que queremos saber, não sendo preciso recorrer ao cérebro para nada. Os filósofos entraram em extinção, desde que a barra de pesquisa do Google começou a dar resposta a todas as perguntas humanas. Veja mais capacidades humanas massacradas pela tecnologia.
Aparência
As ferramentas de edição de imagem como o Photoshop conferem uma imagem idílica do que deve ser a beleza. Em tudo o que é publicidade, as novas gerações são confrontadas com um ideal de beleza e de perfeição difícil de acompanhar, tornando-as até escravas da imagem. Ainda há poucos séculos atrás, o ideal de beleza na pintura era a mulher mais roliça.
Informação
Hoje em dia tudo se sabe. A internet é o novo deus que diz o que se pode ou não fazer. Apesar do aumento dos canais de informação ser algo de bom, o problema é que também aumenta a desinformação disponível, e a vida inteira das outras pessoas aparece escancarada aos nossos olhos, sem nós o termos pedido.
Aborrecimento
O mundo é enorme e cheio de coisas boas. Porém, quantas vezes já nos sentimos aborrecidos em frente de um computador? A tecnologia permite tantas facilidades que até se torna repetitiva, confortável e entediante. Preferimos gastar tempo online, a fazer sempre as mesmas coisas, do que sair de casa e viver. A tecnologia aumentou a procrastinação e levou de vencida a vida real. Enquanto isso, o mundo real está à espera lá fora, com gráficos espetaculares.
Isolamento
Apesar do dever da tecnologia ser de nos aproximar, a verdade é que estamos cada vez mais sozinhos e tristes com as nossas vidas. Das centenas de amigos que temos nas redes sociais, só conhecemos realmente umas dezenas (sem sequer os conhecer verdadeiramente), e ninguém fala com ninguém na vida real. A interação existente resume-se a colocar um "gosto" num link. É o ato de caridade do séc.XXI. Os psicólogos apontam um número para as relações de amizade que a pessoa consegue manter: 150. Mais do que isso é impossível acompanhar.
O pior de tudo é comparar a vida uns dos outros nas redes sociais: leva a pessoa à tristeza, depressão, e no pior dos cenários ao suicídio.
E quando saímos mesmo com os amigos toda a gente fica sentada a brincar no telemóvel ou tablet.
Estranhos
Enquanto estamos mais interessados em conhecer pessoas estranhas, graças à tecnologia, os nossos vizinhos é que se tornam estranhos para nós, ao ponto de não sabermos quem eles são e sabermos em vez quem é alguém no outro canto do mundo.
Ofensas
A internet permite bisbilhotar e ofender os outros covardemente e anonimamente. Como não é preciso ver ninguém cara a cara, diz-se tudo o que se pode (e não se deve) graças à tecnologia, que mata a boa educação.
Gestos
Já lhe aconteceu de querer encontrar algo rápido numa folha de jornal como faz numa página da internet? Ao carregar em Ctrl+F? A verdade é que a tecnologia nos vicia e nos condiciona os gestos no decorrer do dia a dia.
Capacidade
Além de nos vermos menos vezes cara a cara, a tecnologia leva o cérebro a programar de uma forma diferente o seu funcionamento. Todo o estímulo multitarefa proporcionado por um navegador da internet aberto com vrias páginas faz com o cérebro se treine de uma nova forma.
Sono
Muitas horas ao computador tira-nos o sono (tanta luz leva o cérebro a pensar que é pleno dia) e afeta até os nossos próprios sonhos. Se existem estudos que indicam que as gerações anteriores admitiam sonhar mais em escala de cinza, possivelmente pelo efeito de muitas horas a assistir a televisão a preto e branco, os efeitos da exposição massiva à tecnologia do séc.XXI só será descoberto daqui a umas dezenas de anos.