A fibromialgia é uma síndrome musculoesquelética crónica, não inflamatória e de causa desconhecida. Está na origem de uma incapacidade física e emocional, por vezes grave, que atinge cerca de 2% da população.
Origina dor generalizada nos tecidos moles (músculos, ligamentos ou tendões), mas não afeta as articulações e os ossos.
Os sintomas da fibromialgia são dores generalizadas, fadiga, alterações quantitativas e qualitativas do sono e perturbações cognitivas.
Factores de risco
- Género - as mulheres são cinco a nove vezes mais afetadas do que os homens;
- Idade – inicia-se entre os 20 e os 50 anos, embora também possa afetar crianças e jovens em idade escolar.
Os factores de risco vão desde os associados com o estado de dor crónica generalizada (idade, sexo), às características da personalidade pró-dolorosa (perfeccionismo compulsivo, incapacidade de relaxamento e desfrute da vida, incapacidade para lidar com situações hostis).
Sinais de alerta
- História familiar da doença;
- Síndroma dolorosa prévia;
- Preocupação com o prognóstico de outras doenças coexistentes;
- Traumatismo vertebral, especialmente cervical;
- Incapacidade para lidar com adversidades;
- História de depressão/ansiedade;
- Sintomas persistentes de “virose”;
- Alterações do sono;
- Disfunção emocional significativa;
- Dor relacionada com a prática da profissão.
Os medicamentos usados com mais eficácia no tratamento da fibromialgia são os analgésicos, os antidepressivos tricíclicos e os inibidores seletivos de recaptação da serotonina, os relaxantes musculares e os indutores do sono. É uma doença que requer acompanhamento médico e avaliações periódicas relativamente à evolução das queixas e aos eventuais efeitos adversos da terapêutica.