Pedro Álvares Cabral, um fidalgo português, filho de Fernão Cabral e de D. Isabel de Gouveia, que nasceu em Castelo de Belmonte, Beira Baixa, em 1467. Foi destacado, pelo rei D. Manuel, para o comandar os navios de expedições à Índia, e foi o descobridor do Brasil.
Pedro Álvares Cabral era descendente de uma família nobre, aos 11 anos foi viver na corte de Afonso V, onde estudou ciências humanas e aprendeu a manusear armas. Aos 16 anos foi nomeado a fidalgo da corte de D. João II. Casou-se com D. Isabel de Castro, sobrinha de Afonso de Albuquerque.
Foi nomeado pelo rei D. Manuel para comandar os navios em expedição às Índias, pelos seus conhecimentos de navegação e também por suas habilidades diplomáticas. Era a segunda viagem às terras do Oriente, pois Vasco da Gama já havia realizado uma primeira viagem bem-sucedida, que durou dois anos, criando um vínculo marítimo de comércio com a região.
A frota de Pedro Álvares Cabral, composta por 1500 homens (entre eles Bartolomeu Dias e Nicolau Coelho), partiu de Lisboa no dia 8 de Março de 1500. Chegaram às ilhas Canárias no dia 14 de Março e a Cabo Verde no dia 22.
No 22 de Abril, Cabral chega ao Brasil, avistando o Monte Pascoal no litoral sul da Baia. Cabral baptizou o Brasil como a Ilha de Vera Cruz, que mais tarde, em 1511, veio a ser denominado por Brasil.
Cabral partiu do Brasil no dia 2 de Maio de 1500, em busca de novas terras. Um dos navios regressou para Portugal para levar notícias e amostras da vegetação local e de objectos que foram encontrados em Brasil. As outras embarcações seguiram para o Oriente. Quando já estavam perto de Cabo da Boa Esperança, perderam mais de quatro embarcações devido a violentas tempestades.
Cabral atingiu Calecute, Índia, no dia 15 de Setembro de 1500. Dirigiu uma intensa batalha contra os hindus, durante três dias, incluindo navios confiscados e bombardeios. Depois seguiu para as cidades de Cochin e Cananor, onde carregou os navios com especiarias e pimenta. Regressou a Lisboa no dia 21 de Julho de 1501, com menos de metade embarcações, 6 das 13, que haviam partido.
Foi nomeado, em 1502, pelo Rei para comandar uma nova expedião, o qual preparou durante oito meses, mas, foi substituído depois por Vasco da Gama, devido a desavenças com o rei D. Manuel. Desavenças essas que fizeram com que ele terminasse a sua carreira de marítima.
Foi viver depois na sua propriedade em Santarém, onde faleceu em 1520. Foi sepultado, em campa rasa, na Igreja da Graça. Na sua lápide não se encontra nenhuma referência relativo às suas viagens e descobertas.